Uma Classificação Clínica Internacional é caracterizada como uma organização de conceitos em grupos (classes), geralmente resulta num sistema hierárquico de conceitos, que tem por base estruturar informação de uma determinada área.
As classificações são utilizadas como suporte de relatórios estatísticos, faturação, uma vez que a maioria das classificações é mono-hierárquica é possível evitar a dupla contagem de um termo.
O SNOMED CT é uma Terminologia Clínica internacional e multilinguística usada em diversos países, cuja língua oficial é o Inglês (EUA). Esta terminologia é gerida pela SNOMED International, uma empresa sediada no Reino Unido e sem fins lucrativos. O conteúdo do SNOMED CT, atualizado duas vezes por ano (janeiro e julho), contempla mais de 400 mil termos, abrangendo contextos diversos, desde diagnósticos até procedimentos, e conceitos administrativos. A SPMS adquiriu a licença para o uso do SNOMED CT, em território Nacional, desde janeiro de 2014.
O SNOMED CT é uma terminologia clínica global, que abrange diversos contextos clínicos e não clínicos, muito próxima da linguagem natural de cada país, permitindo captar os diferentes dialetos e idiomas usados pelos clínicos, mantendo um código único. Um dos benefícios do SNOMED CT baseia-se na uniformização dos dados clínicos, inexistente até então, devido à utilização de diferentes terminologias ou sistemas de codificação usados nos diferentes departamentos clínicos. Isto permite uma maior partilha e reutilização de informação. Um dos outros benefícios do SNOMED CT é que os mesmos dados podem ser processados e apresentados em diversas formas, de modo que sejam utilizados de diferentes maneiras. Por exemplo, os registos clínicos podem ser processados e apresentados de diferentes maneiras no que diz respeito à prestação de cuidados de saúde ao paciente, exames clínicos, pesquisas, epidemiologias, e gestão e planeamento de serviços. Além disso, uma das principais vantagens do uso SNOMED CT é a redução dos efeitos do limite geográfico decorrentes da utilização de terminologias diferentes ou do uso de diferentes sistemas de codificação existentes em diversas organizações e países.
A terminologia está organizada em conceitos, interrelacionáveis entre si, permitindo refinar e detalhar cada vez mais a informação. Esta funcionalidade permite aumentar o detalhe e consequentemente a qualidade dos dados inseridos, promovendo a partilha e recolha eficazes da informação.
Para mais informação consulte o site da SNOMED International: https://www.snomed.org/.
A International Classification of Diseases 9th Revision Clinical Modification – ICD-9-CM foi utilizada em Portugal desde 1989 até 2016, para efeitos de codificação clínica das altas hospitalares (de internamento e parte do ambulatório) possibilitando, assim, a caracterização sistematizada da morbilidade hospitalar em termos de diagnósticos e procedimentos. Trata-se de uma classificação existente nos EUA, decorrente da adaptação efetuada por aquele país da ICD-9 da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Tendo em conta as limitações da ICD-9-CM, a Organização Mundial da Saúde autorizou o governo dos EUA a proceder à adaptação da ICD-10 para efeitos de classificação de diagnósticos e procedimentos. Assim, a International Classification of Diseases, 10th Revision, Clinical Modification (ICD-10-CM) foi criada nos E.U.A. para substituir a ICD-9-CM (vols. 1 e 2) na codificação clinica de diagnósticos, sendo a International Classification of Diseases, 10th Revision, Procedure Coding System (ICD-10-PCS) criada para substituir a ICD-9-CM (vol. 3) para a classificação de procedimentos.
Logical Observation Identifiers Names and Codes (LOINC) é uma base de dados universal para a identificação de observações laboratoriais. Foi desenvolvido Instituto Regenstrief em 1994, entidade que ainda o mantêm, sob a aprovação do Colégio Americano de Patologistas e a Associação de Laboratórios Clínicos Americanos.
Este sistema de codificação surgiu da necessidade de uma base de dados eletrónica para os cuidados de saúde, estando disponível gratuitamente para o público. O seu propósito é facilitar a partilha de informação no âmbito das medições, observações e documentos de saúde.
Atualmente o LOINC é utilizado em várias partes do mundo, traduzido para 9 línguas, por Instituições de Saúde, Sistemas de Informação da Saúde, Projetos de Investigação e Agências Governamentais. O LOINC tem aumentado o seu grau de especificação em vários domínios, incluindo laboratório, medições fisiológicas, radiologia, documentos clínicos e gestão e avaliação da prática de enfermagem. Atualmente, o LOINC é usado em mais de 170 países.
Para mais informação consulte o site: https://loinc.org/.
European Directorate For The Quality Of Medicine (EDQM), elaborou um conjunto de referência, designado EDQM Standard, com o objetivo de classificar substâncias químicas e características associadas às substâncias ativas e medicamentos.
Este sistema de classificação tem por base as boas práticas de regulamentação no âmbito da atividade farmacêutica, assim como a caracterização de informação, com base nas orientações oficiais descritas pela Farmacopeia Europeia.
Para mais informação consulte o site da EDQM: https://www.edqm.eu/en/ph-eur-reference-standards-purpose-and-use.
A Orphanet é um recurso único que reúne a informação e promove o conhecimento sobre as doenças raras de forma a melhorar o seu diagnóstico, o cuidado e tratamento dos doentes com este grupo de doenças.
A Orphanet apresenta os dados sobre as doenças raras com elevados padrões de qualidade e garante, a todos os interessados, uma igualdade no acesso ao conhecimento.
A Orphanet mantém a nomenclatura Orphanet de doenças raras (código ORPHA), essencial para uma melhoria da visibilidade das doenças raras nos sistemas de informação em saúde e na investigação clínica.
Para mais informação consulte o site: https://www.orpha.net/.
O Unified Code for Units of Measure (UCUM) é um sistema de codificação destinado a incluir todas as unidades de medida que, atualmente, são usadas na ciência, engenharia e negócios internacionais. O objetivo é facilitar a comunicação inequívoca de grandezas junto com suas unidades de medida. A utilização desta classificação tem como objetivo a padronização da interoperabilidade entre sistemas.
A classificação UCUM foi desenvolvida pelo Regenstrief Institute e pela Organização UCUM como um sistema inequívoco de unidades, originalmente baseada na ISO 2955-1983, ANSI X3.50-1986 e extensões do HL7.
O UCUM pretende fornecer um sistema de codificação único para unidades de medida que seja completo, livre de todas as ambiguidades, e que atribua a cada unidade uma definição semântica precisa, de forma a facilitar não só a partilha de dados como a mesma interpretação dos mesmos.
Para mais informação consulte o site: https://ucum.org/.
O Fast Healthcare Interoperability Resource (FHIR) consiste num standard de interoperabilidade desenvolvido pela HL7 com o objetivo de permitir a troca de dados entre diferentes sistemas no setor de saúde. O FHIR é a especificação mais recente para partilha de dados de saúde.
Para mais informação consulte o site: https://fhir.org.
O Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas, é um instrumento concebido para fornecer uma base transparente, coerente e abrangente para a elaboração de programas de ensino de línguas e orientações curriculares, e a avaliação da proficiência em línguas estrangeiras. O QECR organiza a proficiência linguística em seis níveis, de A1 a C2, que podem ser reagrupados em três grandes níveis: Utilizador Básico, Utilizador Independente e Utilizador Proficiente. A criação de níveis comuns de referência permite comparar processos de ensino e aprendizagem e o correspondente reconhecimento dos níveis de competência alcançados.
Para mais informação consulte o site: https://www.coe.int/en/web/common-european-framework-reference-languages.